COMO O ANEURISMA SE DESENVOLVE
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Os aneurismas são doenças silenciosas, qualquer pessoa pode ter e a maioria, só descobre sua existência quando acontece a ruptura. Além do elevado índice de mortalidade relacionada ao rompimento, o surgimento de novas hemorragias é ainda mais grave e ocorre principalmente nos primeiros dias.
Acredita-se que seja necessária a combinação de fatores estruturais e hemodinâmicos para a formação dos aneurismas.
Assim se explica o fato dos aneurismas se desenvolverem ao longo da vida, sendo decorrentes de um "desgaste" por exposição à somatória destes fatores. Até pouco tempo, os aneurismas eram considerados congênitos e atualmente são considerados de degenerativos.
Também existem aneurismas cerebrais de etiologia aterosclerótica, igualmente ao aneurisma da aorta abdominal, nos quais ocorre uma dilatação global do vaso e que têm outra perspectiva de tratamento.
A incidência dos aneurismas cerebrais na população é desconhecida. Porém, estima-se por estudos realizados em autópsias, em óbitos por diversas causas, que varie em torno de 1% a 9%. Aceita-se a cifra estimada de 1% na população geral, pois os trabalhos onde os índices foram maiores incluíram aneurismas muito pequenos, descobertos somente em necrópsias.
O sexo feminino é o mais acometido em aproximadamente 60% dos casos e as rupturas ocorrem com maior freqüência entre os 40 e 60 anos (adultos na faixa produtiva da vida).
Não se encontram estatísticas nacionais recentes, mas, utilizando dados de outros países, sabemos que ocorrem de 8 a 10 casos de hemorragia por 100.000 habitantes ao ano.